MEU ROMANCE

MEU ROMANCE
O DIA QUE NGOLA DESCOBRIU PORTUGAL

ESCRITOR & PROFESSOR


terça-feira, 29 de setembro de 2009

Representantes das academias de Letras são recebidos no Palácio Araguaia

O governador Marcelo Miranda recebeu na tarde desta quinta-feira, 6, os presidentes das ATL - Academias Tocantinense de Letras, Eduardo Almeida, e da APL - Academia Palmense de Letras, João Portelinha, acompanhado do presidente da Fundação Cultural de Palmas, Pierre de Freitas, intermediador da audiência.

A reunião teve como objetivo solicitar o apoio do governo do Estado para a construção da sede da ATL e da APL. O presidente da Fundação disse que o terreno está sendo disponibilizado por parte do município e que o governo do Estado se mostrou sensível à causa dos escritores. Segundo Pierre, há muito tempo as associações se empenham para a construção da sede própria. “O governador foi muito receptível e sensível à causa dos escritores e demonstrou disposição em viabilizar a construção da sede,” disse.

O presidente da ATL, Eduardo Almeida, comentou que a proposta das associações em construir as sedes já está atingindo o objetivo, uma vez que o terreno já foi disponibilizado pela prefeitura, através da Fundação Cultural, faltando apenas a formalização. “A sede vai ser construída no Parque Cesamar, vamos unir literatura e arte à paisagem ecológica do parque”, disse Almeida.

O professor da UFT - Universidade Federal do Tocantins e presidente da APL, João Portelinha, disse que a comitiva saiu muito confiante da audiência. “Já esperávamos que a reunião seria positiva. O governador é uma pessoa que gosta muito de cultura, gosta muito da literatura”, disse o presidente.

Fonte: Secom

domingo, 27 de setembro de 2009

A FORMIGA E A CIGARRA

Era uma vez uma formiga e uma cigarra que eram muito amigas... Durante todo o outono a formiga trabalhou sem parar, armazenado comida para o inverno. Não aproveitou o sol, a brisa suave do fim da tarde, nem de uma conversa com os amigos a tomar uma cervejinha depois do dia de trabalho. Enquanto isso, a cigarra só andava cantando com os amigos nos bares da cidade, não desperdiçou nem um minuto sequer com o trabalho, cantou durante todo o outono, dançou, aproveitou o sol, desfrutou muito sem se preocupar com o mau tempo que estava para vir. Passados uns dias começou o frio, a formiguinha, exausta de tanto trabalhar meteu-se na sua pobre guarida cheia de comida até ao teto. Mas, alguém a chamou da rua e quando abriu a porta teve uma grande surpresa quando viu sua amiga cigarra num Ferrari e com um valioso casaco de peles.

A cigarra disse-lhe:

- Olá amiga! Vou passar o inverno em Paris. Podes cuidar da minha casinha?

A formiga respondeu:

- Claro! Sem problemas. Mas o que aconteceu? Onde conseguistes o dinheiro para ir a Paris, como comprastes esta Ferrari, e este casaco tão bonito e caro?

E a cigarra respondeu:

-Imagina lá, que eu estava cantando num bar a semana passada, como de costume, e um produtor gostou da minha voz... Assinei um contrato milionário para fazer shows em Paris! A propósito, precisas de alguma coisa de lá?

- Sim, - disse a formiga.

Se te encontrares com LA FONTAINE (autor da fábula original) manda-o à merda, da minha parte!

Tem-se presente que as relações de trabalho e o próprio trabalho em si, por um lado, humanizam a natureza, geram riquezas e socializam as pessoas; por outro lado, contudo, em muitos casos, também as degradam e fazem sofrer. Esse paradoxo é revelado de forma mais clara quando se apercebe que o trabalho libera e oprime, ou seja, que é desejado para satisfazer necessidades básicas e de consumo, mas que nem sempre aquele que trabalha mais vive melhor e tem seus sonhos de consumo concretizados! Aquela coisa de que o trabalho dignifica o homem e o enriquece nos faz “formiguinhas”. Geralmente as “cigarras” da nossa sociedade sempre se saem melhor que as “formiguinhas” da vida!

Assim, sabe-se que o (trabalhador) brasileiro fica - por força de relações de trabalho - privado de incontáveis momentos do seu tempo e/ou, às vezes – mesmo como dono do seu tempo – lhe faltam condições para dele usufruir, apesar de seu reconhecimento constitucional. Essa questão é fundamental, haja vista que tanto o trabalhador como o ser humano em geral têm necessidades vitais não apenas materiais, mas também imateriais, e a criação, o sonho, a alegria, o prazer, a felicidade – considerados componentes do tempo livre como lazer – são essenciais para a vida digna. Ressalta-se que a proteção a esse tempo livre conhecido como lazer está inscrita, no Brasil, na Constituição Federal de 1988, no Capítulo II do Título II, que trata dos direitos sociais. Assim, o artigo 6º menciona que são direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a providencia social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados. A palavra trabalho vem do latim tripalium, instrumento de tortura - instrumento constituído de três paus ou estacas com pontas de ferro utilizado pelos agricultores para baterem o trigo, as espigas de milho... Trabalho significou por muito tempo - ainda conota – algo como padecimento e cativeiro. Moral da história: Aproveita a vida, trabalha, diverte-te em proporção, porque trabalhar demasiado, sem lazer e às vezes sem o devido reconhecimento só traz benefícios nas fábulas de LA FONTAINE!

In "Palmensis Mirabilis" de João Portelinha

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O BRASIL PODIA SER O PRIMEIRO...

Sempre que se comemora o Dia Internacional da Mulher, cabe sempre lembrar a luta das mulheres e no nosso caso até de muitos homens na conquista do direito ao voto feminino. Ao contrário dos outros países, o movimento pelo voto feminino no Brasil partiu de um homem, o constituinte, baiano, médico e intelectual Cezar Zama, que na sessão de 30 de setembro de 1890. Durante os trabalhos de elaboração da primeira Constituição Republicana, defendeu o sufrágio universal, a fim de que as mulheres pudessem participar efetivamente da vida política do país. No ano seguinte outro constituinte, Almeida Nogueira defendeu a participação das mulheres como eleitoras, e lembrou, na sessão de 2 de janeiro de 1891, que não havia legislação que restringisse seus direitos e mesmo o projeto da Nova Constituição também não cerceava esse exercício cívico. No mesmo raciocínio Lopes Trovão, ao discutir a Declaração de Deveres, usou a palavra para defender com afinco essa causa, que para ele era com uma reparação que vinha tardiamente. Suas palavras foram contestadas com apartes veementes dos adversários da idéia, mas a cada frase, ele contestava com idêntico vigor. Em 1891, 31 constituintes assinaram uma emenda ao projeto de constituição de autoria de Saldanha Marinho, conferindo voto à mulher brasileira. A pressão, porém, foi tão grande que Epitácio Pessoa (posteriormente Presidente da República, entre 1919-1922), que havia subscrito a emenda, dez dias depois, retirou seu apoio. Entre aqueles que foram signatários da emenda constitucional, estavam Nilo Peçanha, Érico Coelho, Índio do Brasil, César Zama, Lamourier Godofredo e Fonseca Hermes. Na sessão de 27 de janeiro de 1891, o deputado Pedro Américo, Rui Barbosa e o Barão do Rio Branco se manifestaram em defesa da igualdade política dos sexos. Em 1894, foi promulgada a “Constituição Política” da cidade de Santos. Entre as normas legais estava o artigo 42, que concedia a “capacidade política aos maiores de 21 anos e as mulheres sui júris, quem exercecia profissão honesta, sabendo ler e escrever e residindo no município há mais de um ano o direito do voto”. Não concordando com esse diploma legal, um grupo de cidadão entrou com recurso no Congresso Legislativo em São Paulo solicitando a anulação do artigo nº 42. O relator acatou a solicitação, mas o deputado Eugênio Égas foi mais “prático”: apresentou um projeto de resolução com apenas dois artigos: o primeiro declarava nula a “Constituição Santista” e o segundo artigo revogava as disposições ao contrário... Em Minas Gerais, em 1905, três mulheres se alistaram e votaram, mas foi um caso isolado. Em 1917, o deputado Maurício de Lacerda, apresentou a emenda nº 47, de 12 de março daquele ano, que alterava a lei eleitoral de 1916, e incluía o alistamento das mulheres maiores de 21 anos. Essa emenda foi rejeitada pela comissão de justiça, cujo relator Afrânio de Mello Franco a julgou inconstitucional por ter um grupo de mulheres presentes que era contra o voto feminino e nessa ocasião afirmou: “as mulheres brasileiras, em sua grande maioria, recusariam o exercício do direito de voto político, se este lhe fosse concedido”. Seu autor não desistiria da idéia e em 29 de outubro de 1920, na legislatura seguinte, novamente apresentava uma emenda, que recebe o nº 8. Desta vez iria a votação no plenário da Câmara Federal, sendo mais uma vez rejeitada. No ano seguinte um projeto de lei seria apresentado, de autoria de três deputados, Octávio Rocha B. da Silva Filho e Nogueira Penido, e receberia parecer favorável do relator deputado Juvenal Lamartine de Faria, e mais uma vez não lograria êxito a iniciativa. Em 1 de dezembro de 1924, é apresentado pelo deputado Basílio de Magalhães o projeto de lei nº 247, que pleiteava a concessão do voto à mulher brasileira. No Senado coube ao representante do Pará, Justo Leite Chermont, em 1919, a iniciativa pela concessão do voto feminino, quando apresentou o projeto de lei nº 102, que seria aprovado em primeira discussão em 1921. Em finais de 1927, o Presidente Washington Luís em conversa no Palácio do Catete, manifestou-se a favor do voto às mulheres. O Senador Thomaz Rodrigues, que em 10 de setembro de 1925 quando relator do projeto apresentado pelo Senador Chermont que havia falecido em 1926, assim se pronunciou: “apesar de entendermos que é cedo, muito cedo, para conceder um direito tão amplo à mulher brasileira, em sua grande maioria ainda o não reclama...” Mas a segundo votação necessária à aprovação não se realiza. Com o advento da revolução de 30, o Presidente Getúlio Vargas através do Decreto nº 21.076 de 24 de fevereiro de 1932, é instituído o Código Eleitoral Brasileiro, e o artigo 2 disciplinou que era eleitor o cidadão maior de 21 anos, sem distinção de sexo. Assim podemos dizer que a conquista do voto feminino foi fruto da coragem, tenacidade e sacrifício de homens brasileiros. E que o Brasil deixou de ser o primeiro país do mundo a conceder o direito do voto à mulher a favor da Nova Zelândia que em 1893 teria a primazia dessa concessão às suas mulheres. Neste dia, que vivam os homens brasileiros que lutaram pelos direitos das mulheres!!!

In Palmensis Mirabilis de João Portelinha

domingo, 20 de setembro de 2009












DAS BELEZAS IDÍLICAS À CATÁSTROFE

Quando se percorre as maravilhosas cidades de Santa Catarina, temos a impressão de que alguma fada amiga e benfazeja distribuiu, a granel, pelos montes e pelos vales desse encantador Estado, como acontece com a região do vale de Itajaí, o melhor e mais bucólico das Écoglas, o mais romântico e, também, poético dos idílicos de Teócrito... Santa Catarina foi sempre charmosa. Tem a Cidade das Flores, Joinville, que ganhou esse apelido por causa dos seus belos e imensos jardins. A Festa das Flores, em novembro, que leva centenas de visitantes à cidade. O Festival de Dança, outro grande evento cultural, considerado o maior da América Latina em abrangência de gêneros e número de participantes. Terras que pertenciam à nobreza e que faziam parte do dote de Dona Francisca, filha de Dom Pedro I, e foram vendidas por seu marido, o Príncipe de Joinville, à companhia de Colonização Hamburguesa. Os primeiros imigrantes, alemães, suíços e noruegueses, chegaram em 1851. Já lá habitavam açorianos e madeirenses. E, quando se percorre Florianópolis, que fica a 180 quilômetros de Joinville, Blumenau... Embalados por um céu esplêndido e pelo colorido da explosão da primavera? Aí, obviamente, lembraríamo-nos do mais poético labor das Geórgicas de Virgilio e, sem nenhum receio, diríamos: o Éden bíblico deve ter existido em toda Santa Catarina, como existiram as ilhas eleusinas dos felizes e bem aventurados semi-deuses da mitologia grega! Mas assim como a história de Antígona que é uma história de humildade, de dor e sacrifício, os catarinenses viram, pouco e pouco, suas casas, as árvores, os vales, os campos, os vales a desaparecerem na sombra esvanecente dos olhos... A noite que era um esplendor, agora quando chega apenas se vislumbra pequenos pontos luminosos das casas que sobraram e por mais frágil que eles sejam – são as únicas coisas que nada perdem do seu valor em face da imensa tragédia – Talvez, representam a única esperança em dias vindouros. Numa situação feliz, rejubilamo-nos sempre com toda nossa força, acalentamos uma confiança impensada e nada conhecemos para além do nosso presente. No entanto, quando atingidos pela dor, pela fraqueza, pela impotência como aconteceu em Santa Catarina, desesperamo-nos... E se conseguirmos vencer essas situações drásticas e continuarmos vivos, certamente aprendemos muito com experiências vividas e certamente passaremos a ver que não temos o domínio total da natureza como almejamos ou pensamos; porque o próprio domínio da natureza é aleatório. Que ela, a natureza, constantemente ameaçada, quase sempre ‘vinga-se’ e, que a comunidade humana é a única garantia da existência que encontramos. Em situações-limite, o homem congrega-se numa espécie de bloco para restringir a interminável luta contra infortúnios que o acometem, às vezes, até com intenção de aboli-las, mas, nesse caso particular, os esforços para dominar a natureza são infrutíferos e aí soçobram, para além das belas miragens de épocas tranqüilas em que os limites estavam velados, o solo firme que nos suporta – a terra natal, os pais, os filhos, a esposa, os esposos, irmãos e os amigos... E quando o solo que era firme desaba aos nossos pés, morrem os familiares e amigos, como aconteceu? Nessas situações mais cruciantes, as pessoas mesmo anteriormente isoladas, sempre convivem e contam umas com os outras, para obterem segurança por via da solidariedade recíproca, até na própria impotência... Vimos, também, com a mobilização nacional de ajuda aos catarinenses, que solidariedade é a primeira riqueza dos catarinenses, é a qualidade cardeal de todos brasileiros e, que daqui, brota e se mantém todo o seu profundo humanismo. Viva o povo brasileiro!

In Palmensis Mirabilis de João Portelinha

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Palestra ministrada por mim em Porto

SIMPÓSIO SOBRE ESTUDOS AFRO-BRASILEIROS

Escrito por Josélia de Lima 17-Ago-2006

O Núcleo de Estudos Afro-brasileiros do Tocantins Campus de Porto Nacional realiza o Simpósio da ‘História da África, da Cultura Negra e do Negro no Brasil’, nos dias 23 e 24, em Porto Nacional e nos dias 25 e 26, no Auditório do Sesc, em Palmas. O evento é destinado a professores de História, Literatura e Artes e áreas afins, e tem a finalidade de promover debates sobre o tema, que passou a ser disciplina obrigatória nas no Ensino Médio. As inscrições serão feitas no local e vão participar professores especialistas da Universidade de Brasília, da Universidade Estadual de Santa Catarina, representantes do Movimento de Remanescentes de Quilombos, dos Movimentos Negros e das associações culturais e religiosas. Além das discussões sobre a disciplina, destacam-se as apresentações do professor Doutor João Portelinha, da UFT, que abordará ‘Aspectos da Reconstrução de Angola’, na quarta, às 19 horas e da Mãe Beata de Yemanjá, que falará sobre o aspecto da religião dos Orixás, na sexta-feira, 25. Serão discutidos temas como: a história da Arte, o negro no Brasil, arte e cultura afro-brasileira. O simpósio contará com a presença de representantes das comunidades quilombolas de Barra de Aroeira (Santa Tereza do Tocantins), Mumbuca (Mateiros) e Kalungas do Tocantins. Será exibido o filme ‘O soldado negro, Barra de Aroeira, comunidade remanescente da Guerra do Paraguai’ e haverá depoimentos de personagens negros sobre a cultura afro-brasileira.

As inscrições custam R$ 20,00 e serão feitas no local. O evento está sendo realizado com a parceria da Universidade Federal do Tocantins, da Secretaria de Ensino Superior e Secretaria de Ensino Continuado, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação e Cultura, da Secretaria da Educação e Cultura do Tocantins e da Secretaria de Educação de Palmas.

Boaventura Cardoso outorgado título de membro honorário da Academia Palmense de Letras

Malanje - O escritor angolano, Boaventura da Silva Cardoso, que se encontra desde o dia 30 de Agosto em Palmas, capital do estado Brasileiro de Tocantins, foi terça feira outorgado com o título de membro honorário da Academia Palmense de Letras.

O titulo surge por ocasião do lançamento neste Estado das suas duas recentes obras literárias intituladas “A alegórica mãe materno mar angolana” e “Boaventura Cardoso- um reinventor de palavras e tradições”, durante a sua Homenagem de terça feira naquele Estado.

De acordo com uma nota de imprensa chegada hoje à Angop, o também governador da província de Malanje, Boaventura Cardoso, fará no dia cinco deste mês, no auditório do consulado geral de Angola no rio de Janeiro, o lançamento de um romance intitulado “Mãe materno mar”, de sua autoria, cuja obra foi editada pela editora Terceira Margem no estado de São Paulo, República do Brasil.

Desde a sua estadia dias no Brasil, o escritor dissertou também uma palestra sob o tema “A literatura angolana e o seu processo de escrita literária”.

Boaventura Cardoso é autor de livros de contos e romances, tendo sido em 2001, galardoado com o prémio nacional de cultura e artes, disciplina literária pelo seu romance “Mãe materno mar”.

Fonte: Angop

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JAYME DO NASCIMENTO TEIXEIRA
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JOSÉ TEIXEIRA PACHECO
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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Educação

A força do negro no palco do Theatro Municipal de Palmas

20/11/2007 - João Lino Cavalcante - 5 Leitura(s)

O som do atabaque ecoou forte no Theatro Municipal Fernanda Montenegro, no Espaço Cultural, em Palmas, na noite desta segunda-feira,19. Ao ritmo do instrumento africano, foi oficialmente aberto o II Fórum Estadual de Educação e Cultura Afro-Brasileira, que está inserido na programação da Semana da Consciência Negra. A Mãe de Santo Magda de Oxum abençoou o evento e lembrou da importância da valorização das religiões de matrizes africanas. 'Temos que nos referir às religiões africanas com muito respeito e orgulho. Somos todos irmãos, filhos de um mesmo Deus', conta a sacerdotisa. As apresentações culturais ficaram por conta do grupo de capoeira e dança da Escola Municipal Aurélio Buarque.

A noite ainda contou com a palestra 'Identidade Negra na Educação Brasileira', proferida pelo pós-doutor em Sociologia Jurídica, o angolano João Portelinha, que falou da importância da discussão do tema. 'Quem é de fato considerado negro? Não se pode considerar verdadeiramente o negro simplesmente pela tez da pele, mas pela questão cultural. Temos diversos casos de falha no sistema de cotas que existe aqui no Brasil, como o de dois irmãos, filhos do mesmo pai e da mesma mão onde um entrou na UnB pelo sistema de cotas e outro não, portanto, devemos rever o sistema de cotas vigente atualmente', conta o sociólogo.

O evento segue nesta terça-feira, 20, com sua programação do Centro de Ensino Médio de Palmas, durante todo o dia, com palestras e mesas redondas. O objetivo do fórum é acompanhar, propor, subsidiar, avaliar, discutir e divulgar a implementação da Lei de Diretrizes e Bases, alterada pela Lei 10.639/03 que propõe o debate da temática étnico-racial nas escolas e nas diversas áreas da vida.

Para Maximiano Bezerra, técnico da Secretaria da Educação e Cultura e um dos um dos organizadores do evento, a temática da 'africanidade' é fundamental para o conhecimento da cultura brasileira. 'Somos um povo de raça 75% africana e, no entanto, temos toda formação escolar baseada na história européia. Temos que inserir não só a discussão sobre este tema, mas também aprofundarmos e inserirmos a história da África no currículo regular das escolas públicas. A Seduc apóia esta iniciativa e estamos trabalhando para o reconhecimento do valor da cultura africana', conta Maximiano.

O evento é aberto ao público e voltado a professores e alunos da Educação Básica da rede pública e privada do Tocantins. Os interessados devem ligar para o telefone 3218-1437/1449/5128/6730. O valor da inscrição é de um livro por pessoa.

Pavilhão Literário Cultural Singrando Horizontes: Luis Kandjimbo (Breve História da Ficção Narrativa Angolana nos últimos 50 anos)

Pavilhão Literário Cultural Singrando Horizontes: Luis Kandjimbo (Breve História da Ficção Narrativa Angolana nos últimos 50 anos)

Cultura Afro-brasileira é tema de palestras no CEM Santa Rita

10/10/2007 - Milena Botelho - 5 Leitura(s)

História da África, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra e suas contribuições nas áreas social, econômica e política estarão em discussão durante um ciclo de palestras denominada 'Africanidades', ação do Projeto Brasil-Afro, do CEM - Centro de Ensino Médio Santa Rita de Cássia, localizado no Jardim Aureny I, em Palmas.

A partir desta quarta-feira, 10, às 8h, a unidade de ensino inicia a programação com a palestra 'África pré-colonial', do professor especialista Élson Santos Silva, dirigido aos professores, alunos da unidade escolar e a comunidade local.

Ampliar o conhecimento sobre a história da áfrica e valorizar a cultura afro-brasileira é o objeto da realização do projeto, ressalta a diretora do Santa Rita, Maria Aparecida Leal. 'Queremos reforçar a consciência dos nossos educandos na direção de um comportamento ético, plural, em relação à diversidade racial brasileira', lembra a gestora.

Até o final deste mês, a escola programou mais cinco palestras, com professores especialistas na área de história.

Programação

Dia 10 - 8h - Palestra "África pré-colonial"

Palestrante: Prof. Especialista Élson Santos Silva

Local: CEM Santa Rita de Cássia.

Dia 17 - 19h - Palestra "Aspectos da África colonial e contemporânea"

Palestrante: Prof. Dr. João Rodrigues Portelinha da Silva (UFT)

Local: CEM Santa Rita de Cássia.

Dia 18 - 19h - Palestra "Religiões afro-brasileiras"

Palestrante: Profª Dotouranda Mirian Tesseroli (UFT)

Local: CEM Santa Rita de Cássia.

Dia 20 - 8h - Seminário "África Pré-histórica"

Palestrante: Prof. Msc. Marco Aurélio Zimmerman (UFT/UNITINS)

Local: NUTA - Núcleo de Arqueologia do Tocantins.

A FUNÇÃO DA COMUNICAÇÃO POLÍTICA

A comunicação política é o processo de transmissão pelo qual a informação política circula de um lado para outro do sistema político, e entre este e o sistema social. É um processo contínuo de troca de informações entre indivíduos e os grupos em todos os níveis. É, especialmente, uma troca de informações entre governantes e governados, de forma assegurar o seu acordo. Com efeito, todo e qualquer governante procura fazer aceitar as suas decisões e cada governado tenta formular e fazer tomar em consideração as suas necessidades. O acordo entre os dois termos não pode realizar-se a não ser pela comunicação, isto é, pela troca.

A comunicação política assegura a adequação entre os governantes e os governados por troca permanente de informações... Os governantes devem ser o eco das aspirações, das reclamações e das exigências dos governados; estes devem aceitar as decisões coercivas tomadas pelos governantes. Esta aproximação efetua-se por troca de mensagens dos governantes para os governados e vice-versa.

A comunicação corresponde, portanto, a uma exigência fundamental do sistema político. “pode escrever-se que a comunicação política está para o sistema político como a circulação sanguínea” para o corpo humano, diz o cientista político Milbrath.

Quais são os suportes da comunicação? Por que meios a informação é difundida, veiculada? É possível distinguir, sobretudo três meios de comunicação. A comunicação pelos mass media. Quer se trate dos media impressos (imprensa, livro, cartaz, etc.) quer dos media eletrônicos (rádio televisão, Internet etc.). A comunicação pelas organizações também é importante. Como os partidos políticos que servem de ligação entre governantes e governados e os grupos de pressão. Assim, todos governantes elaboram uma decisão a partir do enxergam. Por conseqüência, a única maneira de influir numa decisão é atuando sobre as percepções daqueles que as tomam. A comunicação será, portanto, a única maneira de mudar ou de influir numa percepção. A comunicação por contatos informais é bastante importante nestes casos. Este modo de comunicação por relações “face a face” é essencial nas sociedades tradicionais. Mas Mantém importância nas sociedades desenvolvidas, apesar do desenvolvimento dos mass media. Os mass media não atingem o público como um bloco indiferenciado, A massa na qual se cria a opinião comporta-se como se estivesse estruturada. Os efeitos dos media fazem-se sentir por intermédio de certas pessoas que desempenham neste processo o papel de incentivadores e de ligação: os “opinion leaders” (os formadores de opinião ou os comandantes de opinião, como se diz nos EUA). Cada um deles influência os membros do “grupo primário” (família, grupo de trabalho, etc.) ao qual pertence.

Cada sistema político desenvolve a sua própria rede de comunicação política. Em função, por exemplo, das suas possibilidades e do seu desenvolvimento econômico. Porque há estreita relação entre o nível de desenvolvimento econômico e o nível de desenvolvimento dos mass media. Há, ao mesmo tempo, uma relação mais geral entre a comunicação e o desenvolvimento político. Isso porque as estruturas de comunicação social desenvolvem-se paralelamente aos sistemas políticos. Por outro lado, o grau de autonomia das estruturas de comunicação permite distinguir os sistemas liberais dos sistemas autoritários, procurando estes últimos controlar estreitamente a comunicação política para moldar a opinião pública.

In Palmensis Mirabilis

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Angola nas suas diversas facetas:rios,cataratas...

OS GRUPOS DE PRESSÂO E OS PARTIDOS

A expressão é originária da ciência política americana: pressure groups. O que na realidade distingue os partidos políticos dos grupos de pressão é que os primeiros têm por objetivo o exercício do poder. Os segundos limitam-se a influenciá-los, procurando exercer pressão sobre eles e mantendo-se exteriores aos partidos.

Os grupos são numerosos e diversos: sindicatos, movimentos, organizações patronais, movimentos de antigos combatentes, clubes e sociedades de pensamento, organizações e camponeses, os sem-terra, os sem-teto, agrupamentos de operários, religiosos, movimentos de juventude, agrupamentos de latifundiários, associações familiares, associações de pais e filhos, etc.

Um grupo de pressão pode definir-se como uma organização constituída para defender interesses, exercendo pressão sobre os poderes públicos a fim de deles obter decisões que satisfação seus interesses. Portanto, requer a reunião de três requisitos: a existência de um grupo organizado, a defesa de interesses, e o exercício de pressão. Em certos casos, a comunidade de interesses provoca manifestações esporádicas e efêmeras. Noutros, é ressentida tão vivamente que provoca a constituição de uma verdadeira e duradoura organização, que toma a seu cargo especialmente o interesse comum. Assim se instituem relações coletivas estáveis, senão permanentes, em vez de ações espontâneas e fugazes. Este critério organizacional é muito importante porque permite distinguirmos os “grupos organizados” e as ações “não organizadas”.

Os cientistas políticos distinguem quatro tipos de grupos de interesses, segundo o grau de especialização e de organização: - os grupos de interesses anômicos (anomic): formações espontâneas e efêmeras, muitas vezes violentas (ex.: manifestações, motins). Os grupos de associações não associativos (non associational): agrupamentos informais, intermitentes e não voluntários (na base do parentesco, de religião, etc.), caracterizados pela ausência de continuidade e organização; Os grupos de interesses institucionais (institucional): organizações formais (partidos, assembléias, administrações, exércitos, igrejas), exercendo outras funções para além da articulação de interesses, mas podendo efetuá-la, no todo ou em parte (facção de oficiais com aconteceu com os capitães em Portugal em 25 de abril de 1974). Por último, os grupos de interesses associativos (associational): organizações voluntárias e especializadas na articulação de interesses: sindicatos, agrupamentos de homens de negócios industriais ou de intelectuais, associações étnicas ou religiosas, agrupamentos cívicos. Estes últimos possuem o grau de organização e de especialização que caracteriza os grupos de pressão.

Os autores americanos falam preferentemente em “grupos de interesses” (interest groups) do que em “grupos de pressão” (pressure groups). Isso significa, implicitamente, que a atividade de pressão sobre o poder é inelutável. Assim, um grupo de interesse só se torna “grupo de interesse político” ou “grupo de pressão” se tenta influenciar as decisões dos poderes públicos, Senão (caso do sindicato patronal limitando disciplinar a profissão, regulamentando a atividade dos seus membros), permanece simples grupo de interesses.

No fundo, estudar os grupos de pressão é analisar os grupos de interesses na sua dinâmica externa, e especialmente na sua atividade política. Um grupo de pressão é um grupo de interesses em extraversão. Um grupo de pressão é um grupo de interesse que exerce uma pressão! Como podemos verificar, os grupos de pressão constituem uma categoria particularmente vasta e heterogênea. No âmbito desta categoria, numerosos tipos podem ser distinguidos. Não há hoje nenhuma profissão que não tenha o seu próprio órgão de defesa e representação. Apesar da sua forte tradição de individualismo, até os membros das profissões liberais (médicos, advogados, etc.) compreenderam a eficácia da ação coletiva. Mas a influência dos grupos de pressão no Brasil é especialmente forte em três grandes setores profissionais: na agricultura (latifundiários e os sem-terra) religião, no patronato e no trabalho.

In "Palmensis Mirabilis" de João Portelinha

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O maior mentiroso do mundo!

Ontem foi o Dia da Mentira. Existem muitas explicações para o 1º de Abril se ter transformado no Dia da Mentira. Um deles diz que a brincadeira surgiu da França. Desde o começo do século XVI, o Ano Novo era festejado no dia 25 de Março, data que marcava a chegada da primavera. As festas duravam uma semana e terminavam no dia 1º de Abril. Em 1554, depois da adoção do calendário gregoriano, o rei Carlos IX da França determinou que o Ano Novo fosse comemorado no dia 1º de Janeiro, como é hoje. Alguns franceses resistiram à mudança e continuaram a seguir o calendário antigo, onde o ano iniciava em 1º de Abril. Gozadores passaram então a ridicularizar a decisão real, enviando presentes esquisitos e convidando para festas que não existiam. Essas brincadeiras ficaram conhecidas como “plaisanteries”. Nos países de expressão inglesa, o Dia da Mentira é conhecido como “April Fool`s Day” ou o “Dia dos Tolos”. Na Itália e França ele é chamado “Pesce d´april” e “Poisson d´abril”, o que significa literalmente “Peixe de Abril”. No Brasil, o 1º de Abril começou a ser difundido em Pernambuco onde circulava “ A Mentira”, um periódico da vida operaria lançado em 1º de Abril de 1848, com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. No entanto, é curioso que o homem conhecido como o “mais mentiroso do Mundo”, não mentia... Um menino chamado Marco Pólo, que nasceu em Veneza, em 1254, era filho e sobrinho de dois aventureiros, mercadores arrojados, que faziam negócios para os lados do Mar Negro e do Império Tártaro, e se chamavam Nicoló e Matêo. Numa das costumeiras excursões de negócios, foram encarregados pelo Grã-Cão dos Tártaros, de uma embaixada junto ao Papa. Mas nessa viagem os dois levaram tanto tempo que, quando voltaram a Veneza, Nicoló encontrou, com quinze anos, o filho que nem nascido era quando o pai saiu de casa. A esposa tinha morrido. Mas a coceira das viagens não abandonou o atrevido veneziano. Voltou ao país dos Tártaros, desta vez acompanhado pelo filho, o jovem Marco Pólo. Mais de vinte anos ficou a serviço do Klubai, que lhe admirava a inteligência viva, as qualidades de diplomata, seu conhecimento das línguas. Marco Pólo percorreu como embaixador de klublai grande parte da China. Ocidental, a Insulíndia, as costas da ´Índia e o Golfo Pérsico. Foi, durante três anos, governador da cidade de Yang-Chou. Um belo dia voltou Marco Pólo ao Ocidente. Estabeleceu-se em Veneza e se danou a contar as coisas maravilhosas que vira no Extremo-Oriente. Ajuntava gente em torno dele, e ia contando. Ouviam-no e, espoucavam as gargalhadas. Ele era considerado o maior mentiroso do Mundo. Como mentia aquele homem! E corriam a ouvi-lo, maravilhados. Marco Pólo contava histórias de povos esquisitíssimos, olhos amendoados, gente que apertava o pé em formas de ferro para que não crescesse. E histórias de riquezas incalculáveis, de bicho que fabricava fios lindos para tecer. Que imaginação! E eram risadas intermináveis... Dentro em pouco tinham-lhe posto o apelido do maior mentiroso do mundo. Esse “mentiroso” falava simplesmente a verdade... Os portugueses acreditaram nele e foram confirmar... E assim descobriram o Brasil, pensado que estavam na Índia, descobriram toda a Costa de África Ocidental e Oriental, descobriraram a Índia, o Japão e a Oceania... Ah, tudo isso por causa das “histórias” do maior mentiroso do mundo, Marco Pólo.

In “Palmensis Mirabilis” de João Portelinha

A CULTURA POLÍTICA

Tem-se discutido muito o que seria cultura política. Geralmente pensa-se que quem o tem é um papa em política. Cultura política é sobretudo um conjunto de atitudes políticas. Uma atitude é uma disposição ou preparação para atuar de uma maneira de preferência a outra. É, digamos, a probabilidade do aparecimento de um comportamento determinado em certo tipo de situação. Sendo assim, as atitudes políticas seriam, portanto, predisposições, propensões subjacentes, para reagir de certa forma em face de certas situações políticas. Por exemplo, o racismo é uma atitude: em face de certas situações, provocará certos compartimentos. As atitudes políticas possuem três tipos de componentes: cognitivos: são os conhecimentos, o que se sabe – ou o que se crê saber – sobre instituições, os partidos, os dirigentes políticos, etc., e que predispõe uma pessoa a reagir desta ou daquela maneira. Componentes afetivos relacionam-se com os sentimentos: para lá do julgamento racional, manejam os sentimentos de atração ou repulsão, de simpatia ou de menosprezo, etc. é sobre tais forças que se alicerçam a personalização do poder, os laços que ligam a notabilidade local à sua clientela. Componentes avaliativos ou normativos se relacionam com os valores, as crenças, os ideais e as ideologias, subtendem, também os comportamentos políticos. Isto quer dizer, a cultura política é, portanto, ao mesmo tempo o que se sabe, o que se sente, e o que se crê. Conforme domine este ou aquele componente, a cultura política será mais ou menos secularizada. A secularização política é um processo pelo qual os indivíduos se tornam cada vez mais racionais, analíticos e empíricos na ação política. A razão toma ascendente sobre a paixão e sobre a ideologia. Podemos dizer sem receio de erramos que o julgamento racional dos tocantinenses tem aumentado. O voto do povo tem sido mais consciente. No entanto, para complicar mais o assunto, diríamos que existem três tipos de cultura política: a cultura paroquial, a cultura de sujeição e a cultura de participação. Na cultura paroquial (parochial) os indivíduos são pouco sensíveis ao sistema político global, ao conjunto nacional. Para estes, é mais importante votar no amigo, independentemente da sua cor partidária ou ideológica. Votar num líder político local do que votar em presidente. Ignoram o país e olham, sobretudo para um subsistema político mais limitado: o seu município ou estado. Esta característica marca acentuadamente muitas regiões do país. Onde, neste caso, a cultura política nacional, de inicio, é frequentemente apenas uma justaposição de culturas locais, de subculturas. Subculturas são, no âmbito da sociedade global, conjuntos específicos, distintos, de atitudes. Esta fragmentação da cultura política em subculturas políticas distintas constitui um dado frequente nos sistema em desenvolvimento. No entanto, o horizonte excede geralmente este ou aquele subsistema local e alarga-se ao sistema político inteiro, ao quadro nacional. Mas, a este nível, é necessário distinguir ainda dois tipos de cultura. A cultura de sujeição: conhece-se a existência do sistema político, tem-se consciência dele, mas fica-se passivo ao seu respeito, considerando como exterior e superior. Esperam-se benefícios (serviços, prestações, prendas, compensações, lotes, gasolina, emprego, caixão, medicamentos, etc.). Em contrapartida, na cultura de participação os sujeitos tornam-se verdadeiros participantes, verdadeiros cidadãos. Acham que devem atuar sobre o sistema político, orientar ou inflectir a sua ação por diversos meios: eleições, manifestações, petições, etc. Gostaria de lançar um repto aos meus eleitores... Que mandassem para o meu e-mail o tipo da cultura política do nosso estado e depois eu faria uma crônica sobre o resultado... Aceitam o desafio?

In "Palmensis Mirabilis" de João Portelinha

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

LANÇAMENTO DO EDITAL 2008 da Bolsa de Publicações Doutor Maximiano da Mata

A área da literatura no Tocantins comemorou na noite desta quarta-feira, 04, mais um incentivo com a reativação da "Bolsa de Publicações Doutor Maximiano da Mata Teixeira" pela Fundação Cultural do Tocantins. O lançamento do Edital 2008, realizado no auditório do CUICA, em Palmas, é um marco importante para autores e escritores tocantinenses, como forma de divulgação e valorização de obras inéditas.

O regulamento do Edital 2008 será publicado, na próxima semana, no Diário Oficial do Estado. Serão contempladas obras nas modalidades de ficção (conto, romance, novela e dramaturgia) e poesia, sendo disponibilizadas 1500 cópias para cada. As inscrições, gratuitas, estarão abertas de 21 de julho a 22 de agosto, na Fundação Cultural do Tocantins ou enviadas via correio. Cada concorrente poderá participar com apenas uma obra inédita.

O evento de lançamento, em Palmas, contou com a presença do presidente da Fundação Cultural do Estado, Júlio César Machado; do escritor, jornalista e membro da Academia Brasileira de Letras, Murilo Melo Filho que, lançou ainda o livro, "Testemunho Político"; do presidente da Academia Tocantinense de Letras, Eduardo Silva de Almeida; da deputada estadual Josi Nunes, do presidente do Conselho Estadual de Cultura, Sérgio Lorentino, do presidente da Academia Palmense de Letras, João Portelinha, e demais autoridades, escritores e imortais.

O imortal Murilo Melo Filho explanou um pouco sobre suas experiências nacionais e internacionais nas áreas do jornalismo político e literatura e autografou suas obras para os presentes no evento. O presidente da Fundação Cultural ressaltou a importância da reativação desta Bolsa de Publicações que é uma grande ferramenta de fomento e divulgação de obras literárias tocantinenses, com incentivos a importantes obras e autores regionais.

MEMBRO DO CONSELHO MUNICIPAL DA CULTURA


O PREFEITO DE PALMAS no uso das atribuições que lhe confere o art. 71, incisos I e III, da Lei Orgânica do Município, combinado com a Lei nº 1.390, de 25 de outubro de 2005, Decreto 307, de 6 dezembro de 2005 e Lei nº1.431, de 17 de abril de 2006, DECRETA:

Art. 1º Ficam nomeados os membros abaixo relacionados para compor o Conselho Municipal de Cultura:

I - Representantes do Poder Executivo:

a) Secretaria Municipal da Educação e Cultura:

a.1) Titulares:

a. 1.1) Wolfgang Teske;

a. 1.2) Francisquinha Laranjeira Carvalho.

a.2) Suplentes:

a. 2.1) Flamarion Mesquita;

a. 2.2) Silvia Maria Costa Lopes.

b) Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia:

b. 1 ) Alexandre Sperchi Wahbe, Titular;

b. 2) Fabiane Sales Coelho, Suplente.

c) Secretaria Municipal da Juventude e Esportes:

c.1) Orion Milhomem Ribeiro, Titular;

c.2 ) Angelly Bernardo de Souza, Suplente.

d) Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico:

d.1) Webber Casemiro da Silva, Titular;

d.2) Lázaro Gomes de Sousa, Suplente.

e) Secretaria Municipal de Governo e Orçamento Participativo:

e.1) Divino Donizeti Borges Nogueira, Titular;

e.2) Gilda Rodrigues dos Santos, Suplente.

f) Coordenação da Mulher, Direitos Humanos e Eqüidade:

f.1) Rosimar Mendes Silva, Titular;

f.2) Gleidy Braga Ribeiro, Suplente.

II - Representantes do Poder Legislativo:

a) Câmara Municipal de Palmas:

a.1) Evandro Gomes Ribeiro, Titular;

a.2) Josafá Nunes de Santana, Suplente.

III - Representantes da Sociedade Civil Organizada:

a) Câmara de Artes Cênicas:

a.1) Cícero Belém Filho, Titular;

a.2) Denílson Rodrigues Silva, Suplente.

b) Câmara de Música:

b.1) Julio Cezar Machado, Titular;

b.2) Antônio Xavier, Suplente.

c) Câmara de Patrimônio Cultural:

c.1) Kátia Maia Flores, Titular;

c.2) Ederval Camargo Rocha, Suplente.

d) Câmara do Audiovisual:

d.1) Hélio de Oliveira Brito, Titular;

d.2) Yonara Aniszewski, Suplente.

e) Câmara de Artes Plásticas:

e.1) Antônio Rodrigues Neto, Titular;

e.2) Marina Teixeira de Souza Boaventura, Suplente.

f) Câmara de Artesanato:

f.1) Zózimo Camargo de Souza, Titular;

f.2) Renato da Silva Moura, Suplente.

g) Câmara de Literatura:

g.1) João Rodrigues Portelinha, Titular;

g.2) Luiz Melchiades Gomes Sobrinho, Suplente.

h) Câmara de Fotografia:

h.1) Irenildes Teixeira, Titular;

h.2) Manoel dos Santos Junior, Suplente.

Parágrafo Único - O mandato dos membros do Conselho é de 2 (dois) anos.

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

PALMAS, aos 24 dias do mês de abril de 2006.

RAUL FILHO

Prefeito de Palmas

DANILO DE MELO SOUZA

Secretário Municipal de Educação e Cultura

ANTÔNIO LUIZ COELHO

Procurador Geral do Município