MEU ROMANCE

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O DIA QUE NGOLA DESCOBRIU PORTUGAL

ESCRITOR & PROFESSOR


segunda-feira, 8 de novembro de 2010

POETA ANGOLANO COSTA ANDRADE


 

Costa Andrade cujo nome guerra é Ndunduma we Lépi, adoptado nos tempos da guerrilha no Leste de Angola. É natural do Lépi, localidade situada na actual província Huambo, onde nasceu há 64 anos, em 1936, portanto. Fez os estudos primários e liceais na cidade do Huambo e Lubango. Por razões que se prendiam com a falta de universidades ou outras escolas superiores nas colónias portuguesas, como acontecia na generalidade com os jovens da sua geração, Costa Andrade encontrava-se em Portugal, nas décadas de 40 e 50, com o objectivo de, em Lisboa, realizar estudos de Arquitectura.

Foi editor, com Carlos Ervedosa, da Colecção Autores Ultramarinos da Casa dos Estudantes do Império, que desempenhou um papel decisivo na divulgação das literaturas africanas de língua portuguesa, especialmente da literatura angolana. Tem colaboração dispersa em várias publicações periódicas. Publicou textos sob vários pseudónimos, sendo o mais recente o heterónimo Wayovoka André.

Além de Portugal, fixou residência por longos períodos de tempo em países como Brasil e Itália. A versatilidade de Costa Andrade, confirma-se com a sua já conhecida faceta de artista plástico. Mas tal prova acima de tudo uma personalidade, um escritor, um artista que se encontra em permanente busca de materiais e matérias para o trabalho criativo, avultando na sua história pessoal a arte do compromisso e da ruptura ao mesmo tempo. Criou o heterónimo Wayvoka André.

Da sua bibliografia, em que se inscrevem obras de poesia, ficção e ensaio, destacam-se entretanto obras de poesia.

Publicou:
· Terra de Acácias Rubras, (poesia, 1961);
· Tempo Angolano em Itália (poesia, 1963);
· Poesia com Armas (poesia, 1975);
· O regresso e o canto (poesia,1975);
· O caderno dos Heróis (poesia, 1977);
· No velho ninguém toca (texto dramático, 1979);
· Literatura Angolana ( Opiniões), (ensaio, 1980);
· No país de Bissalanka (poesia, 1980);
· Estórias de Contratados (conto, 1980);
· Cunene corre para sul (poesia, 1984);
· Ontem e Depois (poesia, 1985);
· Lenha Seca (versões em português do fabulário de língua Umbundu, 1986);
· Dizer Assim( versões em português de provérbios da líbgua Umbundu, 1986);
· Os sentidos da pedra ( poesia, 1989);
· Falo de Amor por Amar (poesia),
· Lwini (poesia);

Com o heterónimo Wayovoka André,
· Limos de Lume (poesia, 1989);
· Irritação (poesia, 1996);
· Memória de Púrpura (Luanda, UEA, poesia, 1991).












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