O SIGNIFICADO DE UMA OBRA POLÊMICA
O escritor e advogado Dídimo Heleno acaba de lançar a sua mais importante obra: “livros sangrentos”. De uma forma critica e bem humorada, o autor, relata-nos as contradições e violências expostas nos cinco primeiros livros da Bíblia. Como “vivemos todos, neste mundo, a bordo de um navio, saído de um porto que desconhecemos para um porto que ignoramos; devemos ter, uns para com os outros, uma amabilidade de viagem” (Fernando Pessoa). È essa “amabilidade de viagem” e compreensão que deveremos ter com o festejado autor tocantinense que, como, nós, se indaga sobre o sentido da existência humana. È uma velha pergunta que não pode ser reduzida ao silêncio e todos nós o fazemos... Só que Didimo teve a coragem e a “ousadia” de colocar no papel suas indagações e inquietações. Vivemos e trabalhamos, suportamos encargos e cuidados, sofremos e alegramo-nos, experimentamos êxitos e fracassos, fazemos esforços e renúncias, vamos envelhecendo e sabemos que o termo é a morte. Não sabemos nem como nem quando; mas estamos persuadidos de que caminhamos para fim da vida, de que a nossa existência no mundo se encontra sob o signo da morte. Vale a pena viver? Qual é o sentido do nosso existir? Hoje temos novos olhares sobre questão... O homem hoje já não vive mais aconchegado no seio natural de uma fé religiosa comum, com a sua ordem de valores e a sua doação de sentido à vida humana. O homem dá-se conta de que o mundo moderno da técnica, com todo o seu progresso e bem estar, não é capaz de emprestar um sentido conveniente. Sente que este mundo, com todas as suas realizações prático-técnicas, no fundo, não está dominado pelo homem, nem resolve os problemas fundamentais humanos, antes ameaça e não consegue responder à questão do homem sobre o sentido. Quem não possui nenhuns valores e objetivos válidos, que dêem à sua vida sentido e orientação, perde o norte à vida, não sabe o para quê e para onde. Experimenta um vazio interior, um profundo mal-estar e rebela-se. È de fato necessário acreditar-se
In "Palmensis Mirabilis" de João Portelinha
Nenhum comentário:
Postar um comentário