MEU ROMANCE

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O DIA QUE NGOLA DESCOBRIU PORTUGAL

ESCRITOR & PROFESSOR


terça-feira, 8 de setembro de 2009

AS CORES DO SIMBOLISMO MODERNO

Hoje, a liberdade de vestir o que se quer é tolhida apenas pela escolha pessoal, pela predileção, pelos gestos, pelos gostos, pelo costume, pelo sentido das conveniências, condicionada pelo tempo, pelo preço ou pela idade; não nos entrava uma proibição formal. Com referencia a cores, a liberdade é total, contrariamente às idades antigas, em que havia regras bem definidas para usá-las. A gente da ralé era vedado vestir como a gente da corte. A púrpura só a usam os reis. Na Roma Imperial, certas cores eram só para nobres. Aos burgueses medievais não se permitia o uso do vermelho, mas apenas de tons neutros ou sombrios, como preto, o cinzento e o castanho. O simbolismo das cores já não é mais dramático. Graças a Deus... No entanto, mesmo com toda “essa banalização”, me permitam o termo... Uma coisa que não entendo e que foi motivo de discussões homéricas em nossa aula de Ciência Política é que o simbolismo das cores, o vestuário, em certos casos continua inflexível. Mesmo na ausência de proibições explicitas. Qual velha senhora se atreveria à rua de vestido vermelho e curto? Por outro lado, parece-me que o nosso simbolismo das cores da bandeira nacional se concentraram nos biquínis, calcinhas e chinelos... É o outro extremo! E como costumo dizendo, ninguém vive impunemente as delicias dos extremos... Até os clubes esportivos defendem suas cores, conforme comentam entusiasticamente os jornais de esporte, e ouve-se muito falar do tricolor, em preto-e-branco, em esmeraldinos, rubro-e-negro, tudo isso se referindo a cores de associações esportivas, muito facilmente identificáveis. E, popularmente, de modo mais singelo, lírico e espontâneo, o povo defende as cores dos seus santos, nas danças tradicionais: bandos de coqueiros, do Espírito Santo e de Santa Cruz, usam vistosos enfeites vermelhos: os de São Benedito, o azul e o amarelo; os de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, o Azul e o Branco... Mas não se diga que o simbolismo moderno deva ficar unicamente em coisas tão frívolas (como o esporte, para alguns...) ou apenas relacionas com as crenças religiosas! Temos as Bandeiras Nacionais, como a nossa, em que o verde simboliza florestas e esperanças, o amarelo riquezas, o azul a vastidão do céu brasileiro, o branco a paz e concórdia, para realizar em ordem o nosso progresso. Todos os povos morreram e morrem pelos seus símbolos da Pátria. Muitos brasileiros morreram também... Mas hoje, as coisas estão tão banalizadas que os símbolos da pátria se transformam em calcinhas e em biquínis e em chinelos... E que não me venham dizer que isto é moda! Que nos EUA também assim... Que estou caduco ou ultrapassado. Uma forma de honrar a Pátria é respeitar os seus símbolos e os seus mártires! Essa coisa de transformar a Bandeira Nacional em calcinhas e o Hino Nacional em pagode, não é modernismo... É bagunça e indisciplina! Se não quizerem respeitar a bandeira pelo menos que respeitem aqueles que em nome dela pereceram para glória e honra da Pátria! Note-se que o lema: “Ordem e Progresso”, incrustado na bandeira brasileira, a ordem vem antes: a disciplina antecede progresso. Viva os símbolos da Pátria! Viva a Bandeira Nacional!

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